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Foto do escritorGlória Farracha de Castro

Pai


É difícil descrever o que um pai representa em nossas vidas, mas arrisco dizer que é uma mistura de primeiro amor com melhor amigo. Minhas primeiras memórias de amizade e segurança vêm do meu pai, do sagrado beijo de boa noite, aquele que me protegia contra os monstros embaixo da minha cama. E, ao crescer, ele me ensinou a lutar contra outros monstros, mas agora os da vida adulta.


Pai é aquela representação de porto seguro, é a certeza de que nunca estaremos sozinhos e que sempre teremos um colo no mundo.


Pai é uma fonte inesgotável de sabedoria, conselhos e aprendizados. E, claro, ele tem o melhor ombro amigo.

Meu pai foi e sempre será meu melhor amigo possível. Me lembro da minha infância, em que, aos finais de semana, eu o convidava para tomar chá da tarde com minhas bonecas e ele era pontual, ele sempre esteve lá. E, hoje, mais velha, os programas mudaram, mas ele continua pontual e sempre ao meu lado.

Ele nunca mediu esforços para ver meu sorriso estampado e eu venho tentando retribuir, mas acredito que uma vida só é pouco.


Nossos pais, por vezes, serão aqueles que nos dirão os “nãos” mais difíceis de ouvir, mas foi com isso que cresci e amadureci. Obrigada por ter me dito tantos “nãos”.

E se eu posso dizer alguma coisa a você, meu pai, é “obrigada”. Te escolho como pai nessa e em quantas vidas existirem, tenho certeza que nossas almas são velhas amigas. De todos os ofícios, ser pai é o que você exerce com maior maestria.


Glória Maria Almeida Farracha de Castro

Curitiba, Barigui, 11 de agosto de 2023

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