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A Mochila e a Caixa de Ferramentas.



O Homem é um ser social. Por ocasião do seu nascimento e desenvolvimento, pais e professores ensinam a falar, a ler, a escrever, a praticar esportes, dentre outros afazeres, tudo com o intuito de construir nossa personalidade e, por via de consequência, ensinar-nos a viver em sociedade. Enfim, sobreviver. Para tanto, é indispensável adquirir diversas habilidades, a exemplo de uma caixa de ferramentas.


A maioridade exige autonomia e a continuidade da travessia. Portanto, nesse desafio é preciso cuidado com o peso de nossas mochilas. Por óbvio, carregar as ferramentas que são úteis. Por exemplo: em um mundo corporativo, a divisão de tarefas, a integridade, a gratidão, a lealdade e a responsabilidade podem implicar na absorção de novas lições e, consequentemente, compartilhar o conhecimento de outros, possibilitando a construção de um projeto justo e solidário. Enfim, dividir para somar. O inverso, porém, pode ser verdadeiro. Ou seja, a escolha do meio social ou corporativo equivocado implica em tristeza e em depressão, com consequências irreversíveis, para se dizer o mínimo.


Portanto, há que se ter cuidado com o peso da mochila. Nela, não se deve carregar a vingança, a mágoa, a raiva e, muito menos, pessoas tóxicas e vampiros que procuram absorver indevidamente seu conhecimento e trabalho, de modo a enriquecer indevidamente, sem qualquer constrangimento. Caso contrário, o peso da mochila impede a continuidade de sua travessia. Em outras palavras, incumbe-nos escolher quem e o que devemos carregar em nossa mochila, mesmo porque, como bem disse Cora Coralina, “o que vale na vida não é ponto de partida e sim a caminhada”.


Carlos Alberto Farracha de Castro

Advogado – Doutor em Direito UFPR



Revisão textual: Jhenyffer Nareski Correia - @j.nareski

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