As eleições presidenciais no Brasil se avizinham e, por conseguinte, os debates entre direita e esquerda, terceira via, qual o melhor candidato(a).
Nesse cenário polarizado que se encontra a sociedade brasileira, o litígio em inúmeros grupos de WhatsApp será um dado concreto, inclusive em ambientes familiares. Triste tragédia. Aliás, desde há muito já deixei de me manifestar nessas cansativas discussões, permeadas por fake news.
Talvez mais produtivo seria resgatar o significado das eleições, mesmo porque feliz a sociedade que possui o direito fundamental de escolher seus representantes pelo voto direto, a exemplo da brasileira, nessas últimas décadas. Oxalá que os períodos de ditadura no Brasil continuem nos livros de história para nunca mais retornarem.
Pois bem. Segundo o minidicionário Aurélio de língua portuguesa, eleição significa “escolha, por meio de votação, de pessoa para ocupar cargo”. Aqui, pois, reside a importância do voto. Todavia, esse exercício de cidadania não se exaure no voto. É preciso mais. Ou seja, continuar o debate com os deputados e senadores eleitos, ainda que por intermédio de mídias sociais, de e-mails, dentre outros meios alternativos, de modo que suas promessas não se traduzam em um verdadeiro estelionato eleitoral.
Assim, desafio você, leitor(a), a lembrar em quem votou nas últimas eleições legislativas. Nem pretendo indagar se, além do voto, exigiram prestação de contas de seus representantes. Ao que tudo indica, a maioria sequer recorda o nome do escolhido(a). Portanto, não basta votar, é preciso participar. Enfim, a construção de uma sociedade mais justa e solidária exige uma ação contínua. O voto consciente, portanto, é o início.
Carlos Alberto Farracha de Castro
Advogado – Doutor em Direito UFPR
Revisão textual: Jhenyffer Nareski Correia - @j.nareski
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