O Outubro Rosa é uma campanha global que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o câncer de mama. Sua trajetória teve início em 1990 com a primeira corrida pela cura, organizada pela Fundação Susan G. Komen, em Nova Iorque.
Este evento inaugural visou arrecadar fundos para pesquisas e tratamentos, além de promover a conscientização sobre a doença. A corrida, que atraiu milhares de participantes, rapidamente se tornou um símbolo de esperança e união na luta contra o câncer de mama.
Em 1993, o primeiro laço foi distribuído, cuja cor rosa foi escolhida por simbolizar saúde, coletividade, apoio, resiliência e feminilidade, representando a força e a determinação das mulheres.
Desde então, o Outubro Rosa transformou-se em um movimento global que envolve não apenas instituições de saúde, mas também empresas, organizações não governamentais e a sociedade civil.
No Brasil, o movimento do Outubro Rosa ganhou força no início do século XXI, com as primeiras iniciativas voltadas para incentivar a campanha e divulgar informações sobre o câncer de mama.
A primeira ação significativa ocorreu em 2002, quando o Mausoléu do Soldado Constitucionalista, localizado no Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo, foi iluminado de rosa, a fim de reforçar a conscientização sobre a prevenção da doença.
O reconhecimento formal do Outubro Rosa no país se deu com a edição da Lei nº 13.733/2018, a qual estabeleceu ações obrigatórias para o mês, incluindo a realização de palestras, debates, iluminação de edifícios e monumentos e campanhas informativas, promovendo um maior engajamento da população em relação à saúde feminina e, assim, solidificando a campanha como uma prioridade de saúde pública.
Seja por meio dos laços, roupas, iluminação ou passeatas, a campanha promove uma ampla divulgação sobre o autoexame e a mamografia, métodos essenciais para a detecção precoce do câncer de mama.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama serão diagnosticados no Brasil para cada ano do triênio de 2023 a 2025, tornando-se a neoplasia mais comum entre mulheres em todo o mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença também é a principal causa de morte por câncer na população feminina, com cerca de 670 mil óbitos registrados globalmente no ano de 2022.
Esses dados ressaltam a importância de iniciativas de conscientização e prevenção, que visam informar e mobilizar a população sobre a detecção precoce e os cuidados relacionados ao câncer de mama.
Portanto, o Outubro Rosa serve como um lembrete sobre a importância do autocuidado, encorajando e convidando as mulheres a se informarem e cuidarem de sua saúde.
Como resultado, um estudo recente publicado na revista Public Health Practice evidenciou que a campanha promove um aumento significativo nas mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), alcançando até 39% em determinados períodos.
A pesquisa analisou dados do Ministério da Saúde referentes ao rastreamento mamográfico entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021, e os resultados revelaram um incremento de 33% no número de mamografias em outubro, seguido por um crescimento de 39% em novembro e 22% em dezembro.
Notavelmente, mesmo durante a pandemia de Covid-19, cujas consequências mais severas ocorreram em 2020 e 2021, observou-se um aumento no número de mamografias realizadas nos meses em que a campanha estava em vigor.
Ao longo do período analisado, o estudo apontou um aumento total de 14,6% nas mamografias realizadas, destacando a relevância das campanhas de conscientização na promoção da saúde e na detecção precoce do câncer de mama.
Esses dados sublinham a eficácia das iniciativas de sensibilização na mobilização de mulheres para a realização de exames preventivos, ressaltando a importância do Outubro Rosa no combate ao câncer de mama.
O movimento também destaca histórias inspiradoras de mulheres que enfrentaram a doença, compartilhando relatos de coragem e resistência, que demonstram que é possível superar os desafios impostos pelo câncer.
Assim, convidamos todas as leitoras a abraçar essa causa e a se conscientizar sobre a importância da prevenção na saúde feminina.
Juntas, podemos fazer a diferença na luta contra o câncer de mama.
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