Um ano novo se anuncia no Oriente. O Natal se aproxima. Tempo, portanto, de renovação, de reflexão, de união e de esperanças. Todavia, nessa época, as pessoas trocam presentes. Infelizmente, algumas pessoas, preocupadas exclusivamente com seus interesses patrimoniais e egoísticos, aproveitam-se dessa oportunidade externando agradecimentos por intermédio de cartões e de presentes. Esquecem, porém, que, em um futuro próximo, seu gesto poderá traduzir-se em ingratidão. Aliás, os ingratos, quando seus interesses findam, esquecem daqueles que tanto bajularam indevidamente.
Portanto, nesses momentos, é necessário reflexão, sinceridade e humildade, mesmo porque, segundo Balzac (imortal escritor francês), “a gratidão perfuma as grandes almas e azeda as almas pequenas”. Logo, é preciso cautela, de modo a evitar que as festas de final de ano sejam desvirtuadas. Há que prevalecer a esperança de um tempo melhor, mesmo porque toda mentira tem seu dia da verdade.
Quanto àquelas pessoas que se tornaram objeto de interesses egoísticos, fica o conselho: não se deixem influenciar por palavras e presentes transitórios de ingratos, separando “o joio do trigo”, de maneira que desfrutem de suas travessias. Sábio, aliás, o saudoso Ulisses Guimarães, quando registrou que “o dia do benefício é a véspera da ingratidão”.
Carlos Alberto Farracha de Castro
Revisão textual: Jhenyffer Nareski Correia - @j.nareski
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