A Páscoa é comemorada tanto pelos judeus, quanto pelos cristãos.
Para os judeus representa a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Para os cristãos a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus. Ou seja, nas duas religiões a Páscoa representa liberdade, renascimento...
Criada em uma família católica, li o Antigo Testamento em uma bíblia em quadrinhos que minha Vó me deu (e hoje está guardada na estante do meu quarto). A história de Moisés sempre me fascinou, afinal, como não se arrepiar com a trajetória de um escravo criado como príncipe, que abandona tudo para salvar seu povo.... Moisés representa com perfeição a empatia e a solidariedade.
E o que falar de Jesus? Tenho absoluta fascinação por Jesus. Os meus filhos me perguntam o que ele tinha de tão especial. Eu respondo: para mim, ele foi a pessoa mais iluminada que já existiu. Ele simplesmente mudou a história da humanidade, trouxe o amor para o centro das relações entre as pessoas. Se sacrificou por um mundo melhor. Jesus representa o amor infinito e abnegação.
A Páscoa é o momento de olhar para dentro de si mesmo e se reinventar. De pensar nas trajetórias de Jesus e Moisés e principalmente, refletir sobre o que eles nos ensinaram.
Estamos passando por um momento difícil, muita tensão, muitos problemas, muito luto. Precisamos utilizar toda nossa energia física e mental para manter a sanidade. O sofrimento chega aos nossos olhos com as inúmeras pessoas na rua com plaquinhas pedindo comida, aos nossos ouvidos pelo numero de morte relatadas nos meios de comunicação, aos nossos corações pelo choro dos amigos e familiares e o que fazer?
Temos que nos reinventar, buscar forças para seguir em frente, ser solidários, perceber que nosso sofrimento é pequeno perto do que várias pessoas tem vivenciado.
Em algum tempo, a pandemia será apenas uma lembrança. Enquanto esse momento não chega, vamos seguir o exemplo de Moisés, de Jesus, e comemorar a Pascoa não apenas com ovos de chocolate, mas com atitudes que demonstrem empatia e amor.
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