Viagem no tempo é um tema que sempre despertou uma curiosidade imensa em todos os seres humanos, rendendo diversas teorias conspiratórias das mais mirabolantes possíveis. Esse tema é extremamente explorado pela Indústria do Entretenimento que conta com produções de grande sucesso, como a trilogia “De Volta para o Futuro”, no qual acompanhamos os dramas e as aventuras de Marty McFly e Doc Brown; ou a série Dark, produção mais recente da Netflix.
Apoiado nesse interesse, o Spotify, recentemente, lançou um podcast no formato de áudio série, intitulado Paciente 63. Premiado com atuações brilhantes de Seu Jorge e Mel Lisboa, a produção, que se passa em São Paulo, narra a história de um suposto viajante no tempo que está internado em um hospital psiquiátrico no ano de 2022 e veio diretamente do ano de 2063, a fim de evitar o fim do mundo. A série tem tudo a ver com o momento pandêmico que estamos vivenciando, aproveitando, inclusive, essa situação para desenvolver a narrativa principal da série.
No seriado são narrados diversos acontecimentos até o ano de 2063, os quais surpreendem, pois não parecem estar totalmente distantes da nossa realidade. Apesar de ser uma ficção científica, é surpreendente o quão reais são os acontecimentos da série, narrando, inclusive, as consequências dos supostos tribunais virtuais das redes sociais.
Além disso, não é somente o protagonista do podcast que viaja no tempo. Durante a série, nós, ouvintes, somos transportados diretamente para a Era de Ouro dos rádios, remetendo às radionovelas, quando a família sentava em volta do rádio para escutar os dramas vividos pelos personagens, antes da popularização das televisões. A produção prende a nossa atenção de um modo fantástico, fazendo com que seus episódios sejam devorados em poucos dias, entretanto, ao mesmo tempo, a série nos faz refletir muito, e por um bom período de tempo.
Por fim, se algum viajante do tempo ler esse texto, não deixe de nos procurar para contar a sua história, prometemos não perguntar os números da Mega-Sena!
Emanuel Weber
Acadêmico de Direito
Revisão textual: Jhenyffer Nareski Correia - @j.nareski
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