Inegável que o mundo não será mais o mesmo após o fim da pandemia da “Covid-19”. Quando se consumará? Não se sabe. Todavia, o desafio reside em prospectar como será o “novo normal”. Ao que tudo indica, a vacina anual veio para ficar. Do mesmo modo, as marcas e as tristezas deixadas pela passagem de inúmeras pessoas e amigos. Por óbvio, os historiadores e os pesquisadores registrarão esse malsinado período eternamente, a exemplo de outros envolvendo a história e a evolução da humanidade, como a “peste negra” e a “gripe espanhola”.
Em que pese todas essas adversidades, a pandemia demonstrou que “a vida necessita de pausas”, como bem registrou Carlos Drummond de Andrade. Afinal, a Covid-19 exigiu o distanciamento social, razão pela qual, ainda que de modo paradoxal, as pessoas começaram a refletir sobre a importância da família, dos amigos, do lazer, dentre outros privilégios.
Entretanto, em um futuro próximo, ainda que dentro de um cenário de “novo normal”, com reuniões virtuais e “home office”, o distanciamento social será um dado pretérito e, por via de consequência, o tempo será escasso. Em outras palavras, hora para trabalhar, hora para eventos sociais e profissionais, hora para buscar os filhos em eventos ou no colégio, etc... enfim, compromissos múltiplos. Nossa que “stress”. Será?
Penso que não. As cicatrizes da Covid-19 ensinam que existe uma energia imensurável e superior que se sobrepõe às riquezas, à cor, às etnias e ao poder. Portanto, doravante, nunca será permitido esquecer que a vida precisa de pausas. Ou seja, valorizar os momentos de descanso, os amigos, a família, o lazer. Por fim, com razão o poeta brasileiro Thiago de Mello, quando em abril de 1964, escreveu os Estatutos do Homem, cujo artigo 2º. determina: “Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo”.
Carlos Alberto Farracha de Castro
Lindo texto para reflexão.
É isso aí Tuco e Glória, muito bem resumido!! Viva a Pausa!!
Bjs Beto