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Foto do escritorVanessa Abu-jamra Farracha de Castro

Red Crescer é uma Fera

Atualizado: 19 de abr. de 2023



O novo filme da Disney “Red: Crescer é uma Fera” traz uma série de referências e temas importantes para toda a família, já que narra a transição da infância para a adolescência, um período difícil e conturbado que gera angústias e conflitos para os pais e os filhos.


Meilin é uma menina de treze anos que tenta equilibrar a necessidade de agradar os pais (em especial a sua mãe) com a descoberta da sua própria personalidade. Ela reprime seus sentimentos e eles acabam explodindo na forma de um panda gigante.


O filme aborda a aceitação, a busca pelo seu próprio caminho e a fuga das expectativas criadas pelos pais. É angustiante ver a diferença de personalidade que Meilin exibe quando está com sua mãe e quando está com suas amigas. Convida-nos a refletir sobre a carga emocional que colocamos em nossos filhos.


Ao longo do filme, acabamos entendendo que a atitude da mãe da personagem tem a ver com a sua própria história e com seus próprios sentimentos reprimidos. É palpável a dificuldade dos personagens em romper o ciclo familiar e forjar seu próprio destino.

Entretanto, além das temáticas relevantes acerca da protagonista, as mulheres do filme (mãe e avó) são fortes e decididas, o pai é compreensivo, o que quebra os estereótipos de gênero existentes.


Além disso, o filme ainda é sensível ao tematizar a amizade. A relação de Meilin com suas amigas é permeada pela aceitação e sororidade. A mesma aceitação ocorre em relação a um colega de escola delas que, inicialmente, parece ser superficial e preconceituoso, mas que se mostra ter muita afinidade com o grupo feminino e é acolhido por elas.


Aliás, a forma como Meilin controla seu panda é lembrando das amigas, o que demonstra a importância da aceitação do grupo e como isso nos torna indivíduos mais equilibrados.

Temas como menstruação e primeiros amores são tratados com leveza, enfatizando as atitudes exageradas dos adultos que adicionam mais tensão a esse momento complicado, que é deixar a infância e abraçar a adolescência.


Ao escolher personagens asiáticos e se ambientar em Toronto, o filme apresenta uma diversidade cultural que só traz riqueza à história.

Enfim, ao final da sessão, dá vontade de liberar o panda gigante que existe em todos nós, para ser livre e feliz.


Vanessa Abu-Jamra Farracha de Castro



Revisão textual: Jhenyffer Nareski Correia - @j.nareski






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