Um dos seriados mais interessantes disponíveis no Globoplay é “Sessão de Terapia”.
Caio Barone (interpretado de forma brilhante por Selton Mello) é um terapeuta que passa por um processo de luto, ainda que não queira aceitar.
Selton Mello constrói um personagem que consegue demonstrar o que é ser um excelente profissional, mesmo em um sofrimento profundo. Isso o torna tão humano, tão vulnerável e ao mesmo tempo, desperta a empatia e a admiração do público.
A cada dia, ele recebe pacientes diferentes, com problemas diversos. Os pacientes são apresentados de forma gradual ao telespectador. Todos tem uma característica em comum, a necessidade de se ouvir, de entender os sentimentos que emergem daquele momento de suas vidas. O terapeuta atua como o timão do barco, apontando para o rumo certo, através de perguntas sucintas.
Mas a correnteza dos sentimentos é que leva os pacientes. Fica evidente que o terapeuta é apenas uma parte (importante, porém pequena) da terapia. A mola propulsora é a fala dos pacientes, a catarse emocional que acontece ao sentar naquele sofá do consultório.
A maior qualidade de Caio é a escuta. Ele consegue interpretar o que está escondido, ouvir o que não foi dito. Ouvir, ouvir, ouvir.... ouvir o outro, se ouvir... essa é a lição mais importante da terapia. As pessoas querem ser ouvidas, precisam ser ouvidas, precisam se ouvir.
Em um mundo tão virtual, causa até estranheza como os dramas, os conflitos e até os traumas podem ser curados apenas pela conversa. Porém, percebemos que efetivamente esse é o caminho... um caminho árduo, cheio de obstáculos, onde assumimos a responsabilidade pelas nossas escolhas e jornada. Acredito que por isso que a trama de “Sessão de Terapia” é tão envolvente. O roteiro nos permite acompanhar a jornada dos personagens e o seu amadurecimento. E principalmente, refletir sobre a nossa jornada, sobre o nosso amadurecimento....
Série disponível no streaming Globoplay.